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28.9.03

VICISSITUDES POLÍTICAS E OUTRAS REVERBERAÇÕES
Já faz tempo que toda a nossa vasta gama de três leitores vêm me pedindo uma opinião a respeito da cassação do Nilson Costa. E, afinal, por que eu fui contra? Estaria eu fazendo parte de uma seita maligna ultraconservadora que quer manter velhos oligarcas no poder? Espere aí, sentado, que eu vou explicar tintim por tintim e, acredite!, meus argumentos são fortes.

Como é bem sabido, não é a primeira vez na história recente que Bauru tem um (im)prefeito cassado. Izzo Filho, antecessor de Nilson, ficou quatro anos atrás das grades (isso mesmo, o cara ficou vendo o sol nascer quadrado!) por causa de crimes em sua administração. Ora, o que aconteceu naquela vez pode se repetir agora: a criação de um novo monstrinho.

No mandato 1996-2000, Nilson era vice de Izzo. Ninguém dava nada por Nilson. Quando Izzo foi cassado, entretanto, ele despontou como força política. Aliás, um processo natural: ele ser encarado como herói pelo povão e pela mídia, né mesmo?

O monstrinho foi criado. Em 2000, Nilson Costa ganhou facinho as eleições. Aí ele se envolveu com falcatruas políticas e, agora, o fenômeno está prestes a se repetir. No limiar de novas eleições para prefeito, um novo monstrinho foi criado. Chama-se Dudu Ranieri e, pasme!, vem do PFL.


Fala aí!

24.9.03

Relógio de português

Depois de muitas horas de árduo trabalho, cientistas portugueses da Escola Técnica Superior de Engenharia Industrial de uma Universidade de Lisboa, construíram o primeiro relógio digital na Internet. Clique aqui para saber que horas são.

Fala aí!

21.9.03

O pai dos Karas  


Todo mundo que foi adolescente nos anos 80 ou 90 leu, por gosto ou por imposição de algum professor, ao menos um livro de aventuras dos “Karas”, os cinco heróis jovenzinhos que se metiam em profundas enrascadas por tentarem salvar algo ou alguém. “A Droga da Obediência”, o primeiro da série, vendeu mais de um milhão de exemplares, número incrível em se tratando de Brasil. Depois vieram “Pântano de Sangue”, “Anjo da Morte”, “A Droga do Amor” e “Droga de Americana!”.
O criador de todo esse mundo é Pedro Bandeira. Santista duas vezes (nasceu em Santos e torce para o Santos Futebol Clube), esse moleque de 61 anos é aclamado, por onde passa, por uma geração de jovens, hoje barbados, que desenvolveram o prazer de leitura a partir de suas obras. “A função do escritor infanto-juvenil é ser o primeiro degrau na escada do leitor. Depois que a criança começa a gostar de ler, ela vai longe, ninguém a segura mais”, admite, lembrando que muitas “traças de biblioteca” começaram devorando suas histórias instigantes e sua narrativa fácil, leve e gostosa.
Mas Pedro Bandeira não é apenas um escritor. Preocupado com a educação, ele faz com que suas obras, embora ficção e entretenimento, tenham um interessante viés: tragam ao jovem leitor questões como história, meio-ambiente, liberdade, sexualidade etc., sem cair no discurso chato, paradidático, que afastaria a criança. “Assim faço uma média com as professoras que me recomendam”, brinca. Mas em tom mais sério mostra-se indignado com o grande número de analfabetos funcionais do Brasil e lembra que só fazendo uma verdadeira revolução educacional é que o país pode se desenvolver. Em suas palestras, sempre estimula os professores a despertarem o desejo de leitura em seus alunos. Frisa que o trabalho deles é essencial para tornar o Brasil um país mais justo.
Pedro buscou na psicologia e na pedagogia informações para compreender o universo da faixa etária de seu público. Não é à toa que seus 60 títulos publicados venderam mais de 8,5 milhões de cópias: ele cativa o leitor-mirim, pois provoca uma identificação com seus personagens.
No último sábado, 20 de setembro, Pedro Bandeira esteve na edição bauruense do Circuito Paulista do Livro e me atendeu para uma rápida entrevista. Antes, enquanto preparava a pauta, lembrei-me de cada um dos seus livros que li quando tinha aí meus dez, doze anos. E, durante o bate-papo, segurei-me para que meu lado fã ficasse escondido e não atrapalhasse o lado repórter.

Como você vê a importância do Circuito do Livro para o crescimento cultural de uma cidade como Bauru?
Pedro Bandeira – As feiras que ocorreram em Bauru têm sido muito boas. A anterior, em 2001, foi um enorme sucesso. Na época, se comentava que tinha sido a sexta maior do Brasil. Perdia talvez para Rio, São Paulo, Porto Alegre, Ribeirão... Tinha sido um ‘sucessão’. Bauru é uma cidade já muito grande, muito importante culturalmente e está indo muito bem.

Os seus livros são um grande sucesso, principalmente entre a molecada. A série protagonizada pelos “Karas” (A Droga da Obediência, Pântano de Sangue, Anjo da Morte, A Droga do Amor e Droga de Americana!) marcou toda uma geração de adolescentes. Você pretende escrever mais alguma aventura com os “Karas”?
Já são cinco os livros dos “Karas”. Mas como você cresceu e passou pelos livros dos “Karas” e já deve estar lendo Baudelaire e outras coisas (risos), não sei se é necessário mais um livro dos “Karas”. Porque agora seria a repetição da mesma fórmula, então a coisa chega a cansar. Igual aos filmes, né? Filme 1 é um sucesso, faz o filme 2 piorzinho e... Então, o meu medo é esse. Tenho algumas idéias aí mas eu estou meio resistente a fazê-las. Porque eu acho que vai ficar igual, aquela história da Magrí, todo mundo vai querer namorar a Magrí e daí não-sei-quê, blá-blá-blá...

Lembro-me que no prefácio de A Droga do Amor você explicava que não pretendia mais escrever sobre os “Karas” mas a idéia teria surgido da sugestão de uma leitora. Então pensei: este vai ser o último. No fim acabou saindo Droga de Americana!...
A minha idéia inicial era fazer cinco livros, cada qual protagonizado por um dos “heróis”. A Droga da Obediência por Miguel, Pântano de Sangue por Crânio, Anjo da Morte por Calu e a Droga do Amor por Magrí. A Droga de Americana! foi para o Chumbinho. Então aí estaria encerrada a série. Como eu criei uma nova personagem, a Peggy, em Droga de Americana!, talvez eu faça um sexto livro para ela...

Aí pode surgir um novo personagem que gere um outro livro, e outro e outro... (risos)
É, talvez... (risos). Eu tenho lá minhas idéias. Penso em envolver informática, agora esse negócio de Internet, uma droga virtual. Mas ainda não sei.


Como é o seu processo de criação? Você faz todo um plano de como será a história e depois escreve ou a idéia já nasce pronta?
Depende. Um livro curto geralmente vem pronto. Um livro infantil curto. Mas um livro mais longo, não. Aí você tem a idéia básica e o desenvolvimento vai sendo no suor. Um livro de cem páginas, cento e cinqüenta páginas, duzentas páginas, é um livro que sai à medida do trabalho. Muitas vezes você empaca, pára o livro. Tem muito livro que a gente começa e não consegue terminar porque não vai pra frente – a idéia parece boa e não desenvolve, é assim!

E atualmente, está trabalhando em algum livro? O que os leitores podem esperar?
Tenho algumas coisas em andamento e tal, naquele suor inicial que é difícil, começa a fazer, empaca e tal, mas é a profissão.

O que você pensa sobre a Internet? Qual sua opinião sobre a utilização dessas novas tecnologias pela literatura?
É mais um meio de comunicação brilhante, maravilhoso como toda novidade boa. Agiliza muito para você fazer uma pesquisa. Você abre o computador e vê a biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Quinze anos atrás você tinha que ir aos Estados Unidos e conseguir entrar na biblioteca, entendeu? Isso só pode facilitar a vida. Cada vez mais vai ser melhor, cada vez mais as bibliotecas, os museus e tudo vão se colocar na Internet. Então você vai ver coisas na Rússia, no Japão, sem precisar sair de casa. Um milagre. Uma invenção tão importante quanto a roda, na minha opinião. Eu sou um torcedor fanático pelos novos meios!


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Saiba mais:
Clube dos Karas

Fala aí!

20.9.03

Fotografia USC  

Aproveitando o clima da Bienal e o fato da USC ser citada várias vezes hoje neste bológue, vou comentar a exposição dos alunos de fotografia de lá... - As fotos estão próximas ao Teatro Véritas.
Olha, não é por nada não, mas aquilo está muito ruim. Cada qual com sua técnica. Foto de textura, por exemplo: se aquilo for textura, o que é do Sebastião Salgado? Pô, galera, vamos caprichar aí...
Na Unesp, com bem menos infra-estrutura, a gente fez umas coisas legais até...

Fala aí!

Mancando...  

Voltava da USC, e estava entretido com os poemas da Bishop (comprei um livro dela em promoção, edição bilíngüe da Companhia das Letras!). Ainda dentro do câmpus fui surpreendido por um daqueles bancos de concreto que, inertes, são tão tolos que incapazes de se desviarem da gente. Resultado: levei uma rasteira do maledeto. Agora, com o joelho roxo, estou mancando. E fui ao mercado assim... tosquíssimo!

Fala aí!
Ele é o cara! Direto da nossa adolescência.

Tá rolando uma Bienal do Livro na USC, aqui em Bauru. O legal é que consegui uma entrevista exclusiva com o Pedro Bandeira. Ele mesmo, autor do clássico infanto-juvenil "A Droga da Obediência" e toda a saga dos Karas.
Aguarde que logo logo trago mais detalhes.

Fala aí!

19.9.03

RED FLOWER FROM MY DREAM  

A flor do meu sonho
Tinha pétalas vermelhas que escorriam feito sangue pelo riacho.

A brisa leve batendo em cada olhar, meu e teu
Reverberava canções compradas num camelô
- Um sorriso apenas, meu bem! - era tudo o que te pedia
Mas tu, incansavelmente fria
Dava-me as costas.

A flor do meu sonho
Ofertada garbosamente como um fraque suíço
Tinha pétalas vermelhas de um amor tão lindo
Que se desfazia, virava éter no ar,
Inebriava o ambiente.

Por que recusaste os meus batimentos cardíacos
Se estavas pronta para morrer de amor e ódio?
Por que jogaste fora a flor que te ofertei
Se bem sabias que peixes não devoram pétalas rejeitadas?

A flor do meu sonho
Tinha pétalas vermelhas que escorriam feito sangue pelo riacho.

E agora, meu Deus, me irrita
Esse tempo que quer chover mas não tem coragem!

Fala aí!

Teatro em Bauru  

Mais uma madrugada, eu sem sono. Perdido em saites estranhos, zapeando pela Internet todinha que um dia ainda quero conhecer. Bom, descobri que o ECM atualizou sua torre e já está no ar meu texto sobre as peças de teatro do Seta.
Que mais? O Vidas Chatas cada vez melhor...

Fala aí!

Mamute Loser  

Imperdível saga, em espanhol. É só clicar.
Fala aí!

16.9.03

Claro que minha alma vale menos...  

Óbvio, minha alma vale menos que a da Elis.
Eis o resultado do teste:
Your soul is worth £36693. For your peace of mind, 21% of people have a purer soul than you.

Fala aí!

15.9.03

Novo livro de Chico  

Sim, o gênio lançou Budapeste. Leia resenha.
Ok, vamos lá. O livro pode ser comprado no Submarino, por R$23,60.
Nota aos maldosos: o Chico não pagou nada por este comercialzinho. Mas ele não precisa porque ele é bom!

Fala aí!

14.9.03

VAI DAR DE VADIO, VALDO?  

Não me lembro direito se era Valdo porque Valdomiro ou Valdonier. Na verdade nunca soube e creio que sequer ele mesmo sabia. Talvez ainda fosse corruptela malfeita de Vladimir, Valdir, Valdeci. Não importa. Tenho certeza que você não quer saber essas coisas, como também não quer saber onde nem quando nasceu Valdo, se tem filhos, se tem todos os dentes na boca, se tem câncer. O que? Quer saber? Danou-se porque não estou a fim de contar.

O que vou contar, e você será obrigado a saber ainda que contra a sua vontade, é que Valdo tinha um vício. Sua heroína se chamava Vanessa ou Verônica ou Valéria ou Valquíria ou Vanda ou Verusca... Vera não, estou certo disso. Seria Virgínia? Hmmm, sou péssimo para nomes, você sabe. Mas voltemos ao Valdo: ele curtia deveras dar uma voltinha com seu vício num velho Voyage vermelho que era seu orgulho.
Clique aqui para ler o restante.


Fala aí!

SONETO DO SUICIDA APAIXONADO  

Quase não consigo mais caminhar
O instante que persigo me escapa
Hesitante, tomo um gole de ar
Que encontre no horizonte meu mapa!

Dize: onde estou quando não estás?
Por que me foges quando a dor me mata?
Agora minha vida é ir-te atrás
Ainda que sofrida seja a prata.

Meus pés já doem de tanto andar só
Enquanto canto só, pássaros morrem
Levando junto toda a esperança

Se do pó vim e voltarei ao pó
Que me importa adiantar meu próprio réquiem?
Guarda pra ti minha triste lembrança...

[edison veiga junior]

Fala aí!

13.9.03

Não se reprima!

Clique aqui e divirta-se.
Fala aí!
Cenas de República, parte II

Achei um tomate estragado na geladeira. Lembrei-me do Sr. Suzuki.
Fala aí!
Já está confirmado: a escritora Stella Florence vai fazer o prefácio do próximo livro dos Anjos de Prata, no qual estarei presente.
Fala aí!
SONETO SEM EXPLICAÇÃO

Penso em você mas não sei nem o que dizer:
Vezes acho que só o silêncio me basta,
Outras eu sou sono e o meu sonho lhe arrasta.
Mas sempre a mesma coisa de não ter porquê.

Penso em você mas não sei nem o que fazer.
Meu nome vão com sua pureza contrasta
E no meio do seu olhar beleza vasta
Me confunde as retinas do saber e ver.

Por que se cala quando minha voz lhe fala?
Acaso meu rosto só lhe exprime desgoto?
Penso em você mas não sei nem o que sonhar.

Se no estribilho meu coração estrala
Não sei que estrela bela deixou-lhe o rasto.
Penso em você mas não sei nem o que pensar.

EDISON VEIGA JUNIOR

Fala aí!

12.9.03

Malvados na veia 


E se você não conhece ainda, trate de dar um pulo lá.
Fala aí!

[o depois do antes]  

Tudo bem que não caibo mais no estilo Rolo, após a remoção da penugem facial...
Mas, considerando todo o meu passado recente, chamar de Anjinho não é exagero?


Fala aí!

11.9.03

uma velinha 



Ninguém vai cantar os parabéns?
Fala aí!

10.9.03

just to remember 

Amanhã, 11 de setembro:

--> Aniversário de 2 anos do atentado às Torres Gêmeas
--> ANIVERSÁRIO DE 1 ANO DESTE UN_ESPIRRO!!!

Fala aí!

[antes e depois]  

Edison ontem:
Hoje a coisa é bem diferente!


Fala aí!

8.9.03

Bologueiros quase profissionais... (risos)  

Graças ao avanço das novas tecnologias, ao recuo da cotação do dólar e, principalmente, do rápido vicejar dos conhecimentos informáticos da co-editora deste bológue, Elis Roxo, a coisa está começando a ficar profissional por estas glebas cibernéticas.
Claro que ainda falta um arremedo aqui, outro ali. Mas a cara já tá ficando crescida.
Sinto que logo até os comentários irão funcionar... Parabéns Elis!

Fala aí!

7.9.03

Quem sabe um dia eu visite Aguai  

O Secretário de Cultura de Aguaí nos mandou um imeio agradecendo por termos divulgado sua cidade no nosso bológue*. E fez uma correção: seu nome não é Sérgio Perina, mas sim Flávio Perina.
Infelizmente, Flávio Perina também não possibilita nenhum trocadilho.
A foto abaixo mostra uma bela paisagem da cidade. Foi retirada do saite oficial. Obviamente, não serão pagos direitos autorais.

* OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
1) Quem visitou Aguaí e postou no bológue foi Elis Roxo, a outra editora do un_espirro.
2) Este humilde que vos escreve agora, Edison, jamais chegou nem perto daquela região do estado de São Paulo, mas espera sinceramente um dia chegar lá.
3) A brincadeira com o nome Perina começou com o nome da Catu.
4) Espero que a Elis me desculpe por ter postado isto aqui. Senão... Senão não sei... Desculpe aí, maninha!
5) Perdi o sono porque acho que a Elis não desculpou. Mas ela tem que entender que o princípio que rege o bológue é essa anarquia mesmo e ficaria tão mais legal ainda se ela simplesmente postasse outro aqui em cima e etc. etc. etc.
6) Deixa eu parar de falar besteira...




Fala aí!
Pronto. Agora é só botar minha vida na mala e voltar pra Bauru.
Fala aí!

6.9.03

Pelas barbas do poeta, quero ser JORNALIRISTA!  

Um babaca de nariz adunco - que conheço de vista mas não sei o nome - me interpelou hoje, aí pelas 11 horas da madrugada. Primeiro tirou um sarrinho do tamanho de minhas barbas, com uma daquelas piadinhas medíocres.

- Viu, tombou um caminhão de gilete ali na SP-255...

Incrível como as pessoas se incomodam com a aparência alheia. Parece que o esporte preferido de meus conterrâneos, durante esta semana que passo em Taquarituba tem sido o de comentar o meu visual.

Pois bem, voltemos ao babaca. Chamaremos o cara de Narigão, pra facilitar. Como é de praxe nesses diálogos nada profícuos, ele começou com a perguntinha retórica idiota:

- Você estuda fora, né?

Eu olhei para o céu, procurando a providência divina ou torcendo para que um disco-voador me abduzisse e eu sumisse logo da frente do Narigão. Nada, nem nuvens tinha!

- É. - respondi, hesitante.

- Legal, faz o quê?

Ai, meu Deus! Sei lá... Que venha ao menos uma chuva pra eu ter como sair correndo agora... Bem que o Narigão podia ter uma crise de espirros... Olhei para a direita. Olhei para a esquerda. Poxa, nenhum bueiro para eu cair dentro, nenhum carro pra me atropelar. Cadê o dinamismo desta cidade?

- Jornalismo! - respondi, a língua cerrada entre os dentes.

- Legal! Quer trabalhar na Globo ou no SBT?

Agora eu queria mesmo era mandar o Narigão pra PQP. Mas como sou bonzinho, apenas contei até dez. Tentei lembrar se existia jornalista no SBT, imaginei a minha aparência nada simétrica, nada bonitinha, nada televisão. Lembrei que sou um loser, cantei mentalmente aquela música da Rita Lee e conclui que não preciso ter carro porque posso voar. Enfim, o Narigão que se ferrasse pensando que um dia vai ver seu conterrâneo apresentando o Jornal Nacional... Se pá,até rola, como diz a molecada. Mas nunca sonhei com isso, meu negócio não é ser estrela de TV. Quero ser jornalista, eis minha prioridade.

Preferi, portanto, me calar à pergunta do Narigão, fingir que estou ficando surdo de tanto rock ´n roll.

- Ei, jornalista ganha bem? - perguntou o petulante.

E, ao meu renitente silêncio, acrescentou ele próprio:

- Você é inteligente, se for diretor de redação vai ganhar bem!

Respondi qualquer coisa que a burocracia não era muito comigo e que não estou muito preocupado em ficar rico, meu lance é só ter grana pra sobreviver, comer, dormir, amar, cinemar e beber, além de alguns livros e tal. Mas não pude deixar de rir ao tentar me imaginar um gordo, careca vertendo suor, chefe de redação canetando textos dos outros sem ter tempo sequer para escrever os meus póprios. Não, isso não é pra mim... Mas meus devaneios foram novamente interrompidos pela criatura de nariz protuberante:

- Quantos livros você já leu em sua vida?

Cara, agora fiquei com vontade de mandar o Narigão se ferrar mesmo. É óbvio que não sei quantos livros eu li, com o não sei o que comi no almoço de hoje, nem ao menos sei quantas mulheres eu comi. A vida vai passando e as experiências se acumulam, nos crescendo. Mas as experiências são uncontable noums. Só fica a essência, os números se fundem, se confundem e se vão. Pra onde eu não sei, nem quero saber.

O Narigão ainda ficou me aporrinhando por um bom tempo. Quem sabe outro dia eu tenha humor pra contar o resto . Hoje já foi.

Fala aí!
Olhem só. Agora o un_espirro escreve colorido também!
Fala aí!

write the titles in english: the solution or the redition? 

Pensem nisso.
Fala aí!

ok, sem acentos... triste! 

aí em cima não consigo colocar acentos. talvez sejam o mesmo problema do subtítulo, onde expiração insiste em aparecer expiraç?o. culpa desses estadunidenses que dominaram o mundo com sua língua chinfrim e sem acentos... nem assentos.
Fala aí!

Só pra testar esse negócio de título 

Atenção parceiros de un_espirro! Descobri como botarmos título. Qualquer dúvida: imeiam-me.
Fala aí!
Madrugada insone, pra variar. Acabei de descobrir mais uma grande cagada que fiz em nosso bológue esses dias... Sim, se não bastasse a perda inestimável do contador de acessos e a reformulação geral do visual (o que até que foi um mal que veio para o bem!), fiz outra cagada.

Explico: Elis Roxo estava com dificuldades para se cadastrar, de forma que sempre tinha que recorrer ao famoso "eli-ed" uma criação conjunta de nós dois. Ora, a solução que me veio a cabeça foi renomear "eli-ed" para Elisangela. Pois bem, com isso, todo o arquivo foi alterado. Portanto, tudo o que tiver sido escrito antes de agosto e tiver sido postado como Elisangela, deve ser reconsiderado. Tem coisa do Edison no meio.
Fala aí!

5.9.03

Muito interessante esse negócio de livros perdidos em locais públicos.
Fala aí!
A Torre do Eduardo foi atualizada hoje. Na nova edição, Fred fala sobre A Revolução dos Bichos, clássico de George Orwell.

Eu faço rápida análise de Mundialização e Cultura, de Renato Ortiz e traço alguns comentários sobre um livro de Woody Allen.

Nota: Tirei esta foto acima mostrando bem a bagunça na qual constantemente se encontra a escrivaninha do meu quarto. Claro que o (d)efeito de inversão de cores foi proposital!
Fala aí!
Os Malvados são leitura diária. Não dá pra ficar muito tempo sem a mágoa do humor ácido desses quadrinhos. Tão bons que já tem gente tentando imitar. Gente tosca fazendo cópia inferior, diga-se de passagem. Bem inferior.


Fala aí!
Já está quase tudo acertado. Provavelmente a edição de outubro da Revista Atenção sairá com minha matéria semi-gonzo sobre a Avenida Nações Unidas, de Bauru.
O que? Sim, Clarah Averbuck, para os caras da Revista Atenção free-lancer é o nome em inglês para "lance grátis".
Fala aí!

3.9.03



Sabe aquele nó grande na garganta de quem acaba de terminar o namoro, de quem perdeu a hora do dentista ou de quem formatou o computador com tudo de importante lá dentro? É isso que estou sentindo agora.
Então ouvi Nando Reis e tive certeza: não vou me adaptar!

SEMI-SONETO TOSCO, SEM MÉTRICA NEM RIMA PORQUE PÓS-MODERNO

Todos os linques estão quebrados
Todos os imeios retornam ao servidor
Todos os saites foram invadidos
Todos os computadores acordaram com bug

Todos os bológues estão desatualizados
Todas as romipeiges foram desativadas
Todas as figuras não carregaram
Todos os arquivos atachados trouxeram vírus

Todos os ICQs se perderam no ciberespaço
Todos os modens queimaram com a tempestade
Todos os contatos foram deletados

Todos os arquivos FTP viraram pó virtual
Todos os favoritos simplesmente sumiram
Toda a Internet foi brincar de rede de dormir.
Fala aí!

2.9.03

Pra não dizer que não falei dos ursinhos inocentes e sem vida que resplandecem nos quartos das meninas bonitas, veja mais uma foto da Elis:

Fala aí!
Fala aí!
Você aproveitou a aproximação de Marte pra fazer contato com algum(a) marciano(a)? Por que?
Responda rápido para cocodrilianos@yahoo.com.br
(quem sabe a gente dá um prêmio pra resposta mais original!)
Fala aí!
ECM atualizou sua torre. Deste cara-pálida que vos escreve, um artigo sobre trecho de "Os Sertões", obra-prima de Euclides da Cunha.

Fala aí!
Sim, galera, meu computador velhinho morreu. Falência múltipla dos órgãos.

Foi sábado, dia do meu aniversário. Eu acabava de voltar de um enterro e fui tentar mexer no meu computador velhinho, o Pentium 100 que ficava aqui em Taquarituba. Meus pais e minha irmã já estavam reclamando pra burro que ele só fazia travar, travar, travar... Pensei em fazer uma cirurgia no bicho: abri o CPU e comecei a mexer naquele monte de placas, emaranhado de fios e todas aquelas coisas que eu jamais entendo mas me aventuro a fuçar mesmo assim, teimoso que sou.

Quando fui ligá-lo novamente, com a certeza de que tinha arrumado tudo, tive a péssima surpresa: ele se recusou a funcionar. Nada mesmo. Eu consegui piorá-lo. Meu Pentium 100 morreu: falência múltipla dos órgãos precedida por morte cerebral. Acho que nem pra sucata serve.

Parênteses. Vocês não sabem o valor sentimental que o desgraçado tinha pra mim. Ele não podia ter morrido assim sem mais nem menos. Ele não podia ter me abandonado. Eu não posso ficar viúvo assim. Vocês não imaginam o que aquele ingrato representava pra mim. Buá, buá, buá. Ele que me viu escrever a primeira reportagem fictícia de minha vida - aquela que me valeu o concurso do Estadão e me deu um pontapé bem dado e sem volta rumo ao jornalismo. Ele que e viu escrever a primeira crônica publicada de minha vida - aquela sobre uma célebre frase do Fernando Sabino que acabou me lançando no caminho também sem volta do jornalirismo. Ele que me viu escrever a primeira reportagem verdadeira de minha vida - quando eu foca recém-ingressado no Jornal "O Momento" passei uma madrugada de quinta-feira escrevendo ridiculamente sobre uma campanha de combate às drogas... Ingrato, vaco, cretino! Pode morrer e me deixar assim? Como me abandona? Cretino, ingrato, desgraçado, puto! Fecha parênteses.

Pronto, agora que descarreguei todo o meu estado de nervos, voltemos à realidade. Ou seja: sem computador aqui em Taquarituba, estava fadado a passar toda a semana da Pátria desconectado do mundo. Então fiz uma gambiarra com um 486 da loja de meu pai. E estou aqui, suportando uma lerdeza incomensurável porque impossível de acreditar. Mas, pelo menos...
Fala aí!
A Elis descobriu um jeitinho brasileiro para podermos pôr fotos nossas neste bológue sem termos de pagar uma graninha ao pessoal do blogger.
Pra estreiar, a foto que ela tirou há alguns meses, vista noturna de sua janela em Bauru. Observe um carro passando ensandecido pela Avenida Nações Unidas:

Fala aí!
Entenda por que todo mundo tem borboleta, menos eu.
Fala aí!

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